domingo, 12 de setembro de 2010

Um dia no centro de estética (parte 2)

Passados os segundos que levei para reagir, voltei a me deitar. Será que elas não se tocavam que a sala estava ocupada? Quando olhei para o lado quase infartei, dei com uma bunda enorme de calcinha fio dental a alguns centímetros de distancia do meu nariz. Eu definitivamente não estava preparada psicologicamente para aquilo. Tipo assim, a velha tava tirando a roupa ali bem na minha frente e pior, eu tb tava pelada! Eu queria um buraco pra enfiar minha cabeça. Porque diabos ela tava se despindo ali??? Foi quando olhei a outra maca... sabe aquelas musiquinhas de filme de terror? Seria a trilha sonora perfeita para aquele fatídico momento. Virei a cara para a parede, me recusava a olhar aquela bunda de fio dental, aliás, quem em sã consciência usa calcinha fio dental no dia- a- dia? A noite com o namorado até que vai e olha lá, mas no centro de estética???? Era too much information...
De repente ouvi meu nome, não queria acreditar que alguém tava falando comigo naquela hora! Virei o rosto vagarosamente e fiquei mais tranqüila ao ver que a velha e sua bunda já estavam na maca ao lado. A Eslaine anunciava que a ultrassom tinha acabado e que ela passaria para outro aparelho. Não lembro o nome dele, alguma coisa que lembra endermo sei lá o que, mas visualize um aspirador de pó grudado na parede e você terá uma idéia de como ele parecia. Tentei esquecer da velha ali do lado e relaxei os ombros enquanto aguardava o recomeço da sessão. Esse relaxamento durou alguns míseros segundos, não consigo descrever a sensação promovida por aquele aspirador de banha! Mas uma coisa eu posso dizer: como doía!! Fiquei incrédula com a força daquela mulher, ela ia passando o troço nas minhas coxas e ele literalmente ia chupando minha pele. Me agarrei às laterais da maca, a tortura não acabava... quanto mais o negocio me chupava mais ela empurrava ele em mim, grudei na maca, cada célula das minhas coxas protestava a agressão gratuita. Eu berrava: “ ai Eslaine. Ai eslaine” e ela não parava. Quando penso que não, ela posiciona o negócio na parte de baixo da coxa e vai subindo com tudo, parecia que ela não estava vendo que minha bunda tava ali!!! A velocidade não diminuía, ia colidir, ia colidir! Colidiu. Ow, o troço subiu com tudo, como meu traseiro sofreu... como doeu. Aquela tortura era interminável, nunca imaginaria que uma criaturinha tão pequena seria capaz de tamanho estrago!!! Ela empurrava o aspirador cada vez mais forte, bumbum, cintura, costas... nada escapava... e imaginar a velha de fio dental me vendo ali grudada na maca e sendo sugada só me deixava mais desconfortável.
Quando finalmente acabou, senti que meu corpo estava anestesiado... totalmente anestesiado de dor... como se dali pra frente nada pudesse se comparar ao ocorrido... naquele momento eu só pensava em quem seria o filho da mãe que tinha tido a brilhante idéia de inventar aquela aberração! Minha vontade era aspirar esse individuo todinho, ou melhor, mandar a Eslaine aspirar ele, pra ele pensar duas vezes antes de sair colocando essas coisas no mercado!
Ainda meio tonta, depois de tentarem arrancar minha alma,viro o rosto e lá está ela, me olhando com aqueles olhinhos azuis que não me enganavam mais... aquela mulher era do mal, tipo propaganda enganosa... te iludia com a pequenez pra depois te sacanear com aquela força descomunal! Ali me olhando, com sua miudeza enganosa, ela me disse sorridente que a próxima parte seria massoterapia, drenagem linfática e mais uns tipos desses aí. Bem, pensei, não tem como ser pior que o aspirador... nada no mundo pode ser pior que o aspirador. Mas a Eslaine não era desse mundo. Naquele momento estar só de calcinha e dividir o cômodo com a velha de fio dental, eram os menores dos meus problemas.
Primeiro ela passou um pouco de creme para massagens e logo em seguida, sem nem me permitir contar até três, lá foi ela. Os dedos ágeis deslizavam com força pra cima e pra baixo e o que começou como um pressão incomoda passou a doer, a doer muito, sério mesmo, parecia que ela queria me desintegrar... Alguém tinha que impedir aquela mulher! Doía tanto que comecei a desesperar, “ai Eslaine, Ai Eslaine!!!” e lá ia ela, com aquelas mãozinhas do mal e seus dedinhos do mal. E agarrada à maca, mordendo o vazio, ia rezando para que acabasse logo pelo amor de deus. E ela seguia me apertando de tudo quanto é jeito, enquanto eu agüentava machamente aquela dor insuportavelmente dolorosa. E quando eu já achava que ela tinha feito de tudo, começa a me dar tapas! Isso mesmo, tapas de verdade!!! Vai ativar sua circulação local, ia dizendo ela enquanto me batia. Puts, deixasse minha circulação quieta! Devia ter alguma lei que proibia aquilo!! Tinha que ser ilegal... Pagar aquela fortuna para apanhar era um absurdo!!!
Quando enfim acabou parecia que tinha passado um caminhão em cima de mim... mas pelo menos tinha acabado! Doce ilusão....

CONTINUA


Só falta mais uma parte, dividi porque ficou mt grande... aí ngm tem paciência de ler...

4 comentários:

  1. amiga! chorei de rir dos seus comentários...
    mas olha: tenha forças! o sacrifício vai valer a pena. \0/\0/\0/

    mês que vem vou aí ver o resultado.

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  2. ixi... nao sei se quero mais esses tratamentos aí nao! tah doendo só de ler!

    ainda tem outra parte??????
    AAAAAAH!!!
    jaaaah seeeei: a Eslaine te deu um abraço esmagante na hora de vc ir embora e te ofereceu um desconto imperdível pra proxima sessao maléfica! Acerteeeeei! HAHAHAHA!

    escreve logoooo!!! ;**

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  3. kkkkkkkkkkkkk, que situação Laíza.. dava tudo pra ver suas caras e bocas na hora, uahuahaua.
    a hora que ela começou a te bater então, kkkkkkkk
    espero a próxima.. ;]
    ;*

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  4. KKKKKKKKKKKKKK
    Amiga, você é muito engraçada. Sério, ler seu blog é remédio pras minhas rabugentices.
    E apesar de toda a sua dor, me deu uma vontade de ser cuidada :T IDHAISDHIASHSI

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