quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sentir e pensar


Ser racional é fácil quando o que se tem a fazer é não enfiar o dedo na tomada. O raciocínio aqui é básico, não quero um choque, não ponho o dedo. Infelizmente, ou felizmente, nem tudo segue essa lógica. Se a ordem estiver relacionada ao campo emocional nós, ‘seres racionais’, muitas vezes falhamos em nossa racionalidade. Sentir e pensar ao mesmo tempo nem sempre é tarefa simples.
O constante conflito entre razão e emoção nos leva a crer nas mesmas como forças opostas. Definitivamente quando você se apaixona e, em função disso, se sujeita a situações anteriormente inconcebíveis, você não está sendo racional. Mas será que está sendo irracional? Onde está escrito que não existe razão na emoção, ou emoção na razão?
Em um de seus livros, Freud diz:

“Não era de surpreender que fossem capazes de justificar essa rejeição de minhas idéias com razões intelectuais, embora a razão fosse, de fato, de origem emocional”.

Essa uma linha questiona todo o paradigma supra citado. Se a razão tem origem emocional, então nossas emoções podem e vão interferir na maneira com a qual projetamos nossa racionalidade!!! Sendo assim, ao se apaixonar, por exemplo, você não age irracionalmente mas segundo sua lógica recém adquirida que, nem sempre, corresponde a seu modo convencional de ver as coisas. Se sua necessidade psíquica muda, nada mais natural que a mudança da lógica regente.
É óbvio que não quero banalizar o racional e, muito menos, defender umas marmotas que vez ou outra aparecem (porque, pelo amor de Deus, tem gente trouxa nesse mundo até mandar parar!). Só quero dizer que a razão não é nem estática, nem universal. A maneira de pensar é diretamente afetada pelo estado emocional de cada um e o que é racional para você não corresponde, necessariamente, ao que é racional para o outro.
Somos nada menos que a interseção de dois conjuntos, uma mescla complexa do que é sentido com o que é pensado. Nos reduzir a seres racionais seria negar nossa natureza dinâmica. Na física, os pólos opostos se atraem...  em nós, eles coexistem. Descartes que me desculpe, mas não basta pensar, para existir também é preciso sentir. Hoje se me perguntam se sou razão ou emoção, respondo plena de mim: “sou humana”.

5 comentários:

  1. Olá! A algum tempo venho lendo alguns de seus posts, e cada vez mais fico impressionado com suas reflexões. Já consegui notar pelo modo que vc escreve que tipo d experiências amorosas vc teve a não muito tempo.Vc escreve muito bem. A qualidade de seus textos não está nada longe de um bom escritor. Infelizmente, eu sou um pouco tímido para deixar minha opinião aqui publicamente, por isso t escrevo como anônimo. Gostaria de t descrever uma situação: eu namorava uma garota até dia 2 de fevereiro deste ano, q foi quando ela terminou nosso relacionamento. N demorou muito pra eu perceber que ela tinha se arrependido profundamente(digo profundamente, pq esse arrependimento, ela só guarda p ela msma, ela n admite pra ninguém q fez a coisa errada terminando naquela época), eu claro dei uma d durão, orgulhoso q sou.., mas acabei me rendendo a saudade, e em maio fiz uma tentativa frustada d voltar c ela. Depois disso fiquei com duas garotas, em especial a segunda, só n me apaixonei d+ por ela pq ficamos pouco tempo juntos(por decisão dela). E em menos d um mês dpois, sai c minha ex-namorada em um domingo, ficamos, mas foi ai q ela me disse "n quero voltar agora, n posso..". E assim eu propus pra q nos encontrassemos uma vez a cada 30 dias. Ela aceitou. Após isso, conversamos mais e mais por msn e celular(isso na primeira semana), na segunda, ela se afastou, e está fria, longe, da até um pouco d nojo desse jeito dela, e ela sabe q eu detesto essa distância..., mas enfim, o ponto q queria chegar é q, eu pensei q eu havia me perdido quando ela me deixou, n nego q em partes isso realmente aconteceu, mas hj percebo, q eu me perdi msm foi agora, n sei, tomei um pouco d nojo dessa distância dela..
    E agora sim me sinto perdido, n sei se quero mais continuar c ela, e pelo q parece, creio q ela tb n quer continuar comigo, posso estar enganado, mas q parece parece... Meu ponto é q, ficar c ela desse jeito ta me fazendo mal, tenho medo d terminar e me arrepender pelo resto da vida, mas ao msm tempo vejo q eu to deixando d viver(sair, me divertir, namorar..) por uma garota q n da valor ao q eu to fazendo e sempre fiz por ela...
    Se vc teve paciência para ler até o final, espero q me dê sua opinião, pois suas reflexões são ótimas..

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  2. Nossa.. dois textos..
    Então, agora você virou Ritch, amiga?
    HDADAHUSASIHAIU
    Gracinha gente!

    Tenho que concordar com o anônimo, suas reflexões são ótimas :D Concordo com a maioria delas, do meu jeito hdaiudhshdi

    :*

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  3. Nossa Laiza, amo ler todos os seus textos, mas esse é muiiito bom! amei! parabéns.

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  4. Pois é Dona Bia, sua amiga agora esta dando uma de Ritch..kkkkk. Se a moda pegar ela vai ter muito o que escrever..kkkkkkk.
    É sempre bom visitar um blog com bom conteúdo, e o dela esta com nota 10!

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  5. a psicanálise mexeu com a gente mesmo, né Laiza? incrivelmente criativo.

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