quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Eu me sou e eu me basto


Hoje foi o típico ótimo dia na faculdade! Já fiquei feliz porque o Fernando voltou de viagem e me deu carona ( obrigada Fernandooo!). E ainda pude presenciar a fala que vai ficar para história (né Maisinha?? Kkkk). Foi assim, estávamos discutindo sobre dormir com ou sem sutiã, isso levou à discussão sobre tipos de camisola... uma hora fui e falei que meu marido teria sorte, porque só durmo cheirosa e amo camisola tipo seda... aí a maisinha pega e fala: “sorte vai ter o meu marido! Eu nem de roupa gosto, muito menos pra dormir!” kkkkkkkk Falo nada! Tudo bem... não dá pra competir! Para coroar o  dia eu, a Fêh, a Wanessinha e a Bárbara ainda batemos altos papos no CA... aliás: Fêh vc é minha ídala, vou ser que nem vc quando crescer! Shaushuahs. A gente só pula a parte do dia em que enfiei minha caneta no cultivo de bactérias pra ver a textura e acabei furando ele sem querer!! Ecaaa, ficou cultivo rosa na minha tampinha... droga, desse jeito vão me proibir de entrar nos laboratórios até o fim do curso, mas em minha defesa: todas as minhas experiências mirabolantes são em prol da ciência (menos a de espremer a casca de laranja no fogo na aula de técnica dietética... essa foi por diversão mesmo kkkk!).



Eu me sou e eu me basto


Nisso de buscar amores, descobri quem me completa. E, confesso, assusta não ter enxergado antes! Estava ali o tempo todo... lutando por mim, amando a mim, vivendo pra mim.
Nisso de viver buscando, descobri minha tolice e a minha maluquice de esquecer o principal. Estava ali o tempo todo, me dizendo ‘não procure, estou aqui afinal’.
  

As vezes nos perdemos procurando por aquilo que só existe em nós mesmos. Condicionamos nossa felicidade ao encontro do outro quando na verdade tudo o que precisamos é nos encontrar. Nem sempre é fácil amar ao próximo como a si mesmo, muitas vezes nos pegamos amando mais a ele que a nós. E esse é o maior erro que podemos cometer.
Hoje não considero o egoísmo um defeito assim tão grande. De certa forma precisamos sim aprender a nos colocar em primeiro lugar. Não dá para esperar que façam por nós, porque é provável que não farão. A verdade é que não devemos nem passar por cima dos outros, nem deixar que passem por cima de nós. Submissão não é qualidade, assim como auto- preservação não é defeito.
Uma das coisas mais valiosas que podemos aprender na vida é nos amar, respeitar e valorizar. Quem disse que você não é gostosa por não vestir uma calça 36? Ou que seu cabelo tem que ser estupidamente liso? Ou que não tendo namorado você é encalhada? Onde está escrito que devemos nos enquadrar nos padrões? Gostar de tal música? Ou vestir roupa de marca? Alguém realmente acredita que vale mais por ter mil amigos no Orkut, ou passar em primeiro na federal?
Não sei vocês mas: meu peito não é silicone, não pago mais de cinqüenta reais numa batinha, não entraria numa calça 36 nem fazendo divisão binária e virando metade de mim, não conheço um terço das músicas que todo mundo canta, nunca consegui me enquadrar numa categoria porque sempre fui a nerd baladeira e não namoraria alguém só por auto- afirmação. E, sinceramente, perdi muito tempo da minha vida tentando ser isso ou aquilo. A verdade é que não preciso de alguém que me complete! Já estou inteira! Eu me sou e eu me basto! Qualquer um que entre na minha vida será sempre suplementar, porque o que dou e procuro não está no “te amo porque preciso de você” e sim no “preciso de você porque te amo”.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Só acontece comigo!

Todos já disseram “só acontece comigo” pelo menos uma vez na vida. Afinal, quem nunca deixou o pão cair com a manteiga pra baixo? Ou bateu a testa na cabeceira da cama depois de levantar pro xixi da madrugada?  Ou perdeu o maldito ônibus que demora 20 hrs e 8 min pra passar de novo? Ou saiu da esteira toda suada bem no dia em que o gato da academia pediu pra revesar aparelho? Ou, sei lá, menstruou usando vestido branco... whatever!! A verdade é que vez ou outra todos nos sentimos perseguidos pelo universo.
Nesse segundo por exemplo, estou certa de que o capeta está me testando... porque aconteceu a coisa que mais me irrita no mundo todo: acabou a energia! É impressionante!! Aqui em casa você não pode cuspir no telhado que já era a luz! Minha sorte é que já tomei banho e fiz meu ritual mulherzinha da noite, senão taria mais puta ainda! Obs: ritual mulherzinha é todo o processo pós banho que envolve: desde passar creme (pro corpo, pros pés, pras mãos, pro cotovelo, pro umbigo, enfim, o escambal... pq sério mesmo é tanto tipo de creme que não me surpreenderia encontrar um pro... vc sabe o q!) até escolher lingerie e camisola apropriadas... afinal, não é porque você vai dormir sozinha que tem que colocar a calcinha da sua vó (aquela que é praticamente um método anti- concepcional), não é mesmo? Enfim, acabou a luz... mas pelo menos to cheirosa e com minha roupa de oncinha KKKK...!
A questão é que essas situações do tipo ‘só acontece comigo’ me perseguem!! Sério mesmo... já cansei de ouvir “ Se não aconteceu com a Laíza não acontece com ninguém”... isso porque tem coisas que realmente SÓ ACONTECEM COMIGO! Na faculdade, por exemplo, é só eu esquecer o cel ligado que me liga o carinha da boate, ou o dentista, ou minha mãe, ou meu pai, ou minha mãe e meu pai juntos, ou o ex, ou o outro ex, ou o periquito da minha vó... enfim: se eu quiser falar com alguém basta esquecer o celular ligado!
Quem, por exemplo, já foi perseguido por uma anta ? Eu, é claro! Acho que tinha oito ou nove anos... tava toda serelepe correndo tipo uma gazela no zoológico... quando percebo um som estranho... ao olhar para trás vejo, nada mais nada menos, que uma ANTA correndo atrás de mim! Isso mesmo, caro leitor, a maldita anta escapou do cercadinho e adivinha quem ela encontrou??????
Ainda não se convenceu da minha saga? E quanto a vez em que eu andando inocente na rua, vivendo minha vida, sem fazer mal a ninguém... sou ATACADA por uma CORUJA!?!?!? Isso mesmo, ela grudou na minha cabeça! Aquela droga de pássaro me achou com cara de ninho! Certeza que as unhas dela queriam perfurar meu crânio! Acha isso coincidência??
Teve uma vez também em que eu fui AFOGADA no SORO FISIOLÓGICO! O pior de tudo é que minha mãe que me afogou! Foi assim: eu tava tomando banho e ensaboei a cara toda... aí fui respirar e entrou espuma no meu nariz! Ardeu pra caramba e a maldita espuma resolveu morar na minha cavidade nasal!!! Eu respirava sabão, comia sabão, pensava sabão... até que não agüentei e pedi ajuda da minha mãe... ela, muito prestativa, pegou um daqueles galões de um litro de soro fisiológico e foi pra me desentupir. Eu fiquei de boa, achei que ela ia pingar uma gotinha... pobre de mim! Ou é sério, ela enfiou no troço no meu nariz e apertou com tudo... puta que pariu... eu afoguei e engasguei com soro... certeza que foi soro até no meu cérebro, quase morri!!!
AAAAAh, também teve a vez em que eu tava no mutirama com minha prima e as duas resolvemos ir na xícara maluca. A Nara, sempre mais esperta, entrou primeiro e eu, com minha agilidade nata, fiquei pra trás. Quando já tava quase dentro da xícara o imbecil que ficava lá ligou o brinquedo! A xícara rodou e eu caí no buracão que fica lá no meio!!! É verdade!!!! Quantas pessoas você conhece que já caíram da xícara maluca????
Se você ainda não se convenceu prepare- se para a número um: conhece o half pipe do hotpark? É tipo uma pista de skate gigante, mega alta e com água na qual você desce em dupla naquelas bóias enormes. Pois é... fui inventar de ir nesse troço com o Kaio. Como eu não era tão doida, coloquei ele pra ir na frente e fui atrás... juro que queria desistir, algo me dizia que não ia dar certo! Mas já estávamos lá em cima e não ia ter jeito mesmo... montamos na tal da bóia. Lá no alto, na hora que o troço começou  a descer senti uma liberdade estranha. Não demorou um segundo pra descobrir o problema: O FECHO DE PLÁSTICO DO MEU BIQUÍNI RESOLVEU QUEBRAR A 30 METROS DE ALTITUDE!!!!!!! Não estou brincando! Simplesmente quebrou!!! Eu me desesperei... porque ou segurava na bóia ou segurava os meninos pra evitar um top less em pleno clube! Adivinha o que eu escolhi??? Larguei a bóia na hora e tampei os peitos é claro! Só que a gente ainda tava lá em cima e a bóia desgovernou porque tava só o kaio segurando nós dois (e prendendo minhas pernas...) o coitado berrava comigo e eu lá tampando as vergonhas. Quando a bóia parou (sem virar graças a deus) ele foi me perguntar o que tinha acontecido e eu, desesperada pra ele não ver nada, fiz foi dar um tapa no coitado gritando pra sair.(Desculpa Kaio =x  aliás, feliz aniversário kaio, eu não esqueci!) agora me explica, qual é a probabilidade do seu biquíni quebrar num momento desses??????????? Se você for a Laíza suas chances são enormes!

            HALF PIPE    (seta vermelha = lugar que percebi o biquíni soltando)


Agora você acredita??? Isso porque nem contei tudo!!! Eu sim posso dizer “Só acontece comigo”! Mas uma coisa é certa: depois que passa  a gente ri!!! Além de que, se fosse pra escrever cada acontecimento bom ficaria aqui o resto da vida!


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

De mim para eu, de eu para mim

Vivaaa!!!              Ontem fez 1 mês de Bolsa Amarela!!!     *-*



            De mim, para eu:


Minha menina, escrevo não para brigar, mas para salvar. Peço que pare. Pare antes que tudo se afunde. Não se engane, você sabe onde e como termina. Já consigo vê- la aí pelos cantos sem rumo. Já consigo me ver tentando te reerguer quando suas forças se esvaírem. Não faça isso com nós duas, não insista no que está fadado ao fracasso.
Ouça- me ao menos dessa vez: não se deixe ludibriar por promessas que nem foram feitas. Cresça logo! Aprenda a viver de coisas mais concretas, não mataria uma dose de realidade. Você merece muito mais que isso. Pare de se contentar com quase nada. Pare de defender o indefensível. E principalmente: pare de afastar cada boa oportunidade que aparece em função de uma espera sem fim!
Não chore, minha menina, mas ele jamais vai voltar, a verdade é que ele nunca veio. Siga. E não se iluda, você não vai fazer falta. Reconheça sua ‘insignificância’ e siga. Nada de mágoa, nada de raiva... esses não sentimentos seus. Vá em frente espalhando suas maravilhas que alguém, um dia, certamente irá notá- las... então seremos ambas, não primeira, mas ÚNICA opção.



De eu para mim:


Se soubesse como, já teria partido...


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A dois (resposta para anônimo)


Senhor anônimo, adorei o comentário no texto “Sentir e pensar”... queria até me desculpar pela demora para responder. Mas sabe aquelas semanas em que você jura nunca mais deixar tudo para cima da hora, aquele tipo de semana em que fazemos todo tipo de promessa (menos parar de beber coca- zero, of course!) ? Então, essa semana foi meio assim... Enfim, antes tarde do que nunca, né?!?! =D
Assim, fiquei meio que numa encruzilhada porque não tenho o direito de te falar para seguir esse ou aquele caminho. Para ser muito sincera não tenho experiência nenhuma em relacionamentos bem sucedidos, mas nos fracassados eu sou PhD! (kkkk ... rindo pra não chorar). Assim, se você quiser, me manda uma foto com seu telefone, de repente te ajudo a esquecer ela! Kkkkk (ta foi mal, não resisti... brincadeeeira). O que posso te dizer é que não cabe só a você fazer com que dê certo, de que adianta se ela não está disposta a fazer o mesmo? É muito ruim quando não nos valorizam (acredite, eu sei!). Reflita se isso te basta. Talvez você conclua que não é o suficiente. Conversa com ela sobre a situação, diga que te incomoda... as vezes tudo o que queremos é um posicionamento. Não cabe a mim dizer para você partir pra outra (até mesmo porque quando o último dito cujo apareceu minhas amigas foram unânimes nesse quesito e msm assim fiquei empacada) isso tem que partir de você. Se me permite um comentário mais invasivo: isso de só encontrar uma vez ao mês só vai machucar se nos outros 29 dias ela se afastar ou ignorar...
 Pensando nessas coisas fiz um texto sobre o que, a meu ver, implica em uma relação a dois. Espero que te dê uma direção ou pelo menos faça refletir sobre suas buscas (para ver se ela vale a pena mesmo). Boa sorte!!!



A dois


Meu pai me disse uma vez que “não existe absolutamente nada simples na vida. O homem tenta simplificar o complexo, mas nada é simples em sua essência. “ E eu concordo plenamente. Seguindo essa linha de raciocínio , se relacionar com alguém jamais vai ser tarefa fácil... pois a complexidade é inerente ao objeto.
Isso de relacionamentos amorosos sempre vai dar dor de cabeça. A questão é que ninguém se relaciona sozinho, portanto o mínimo que se espera é que haja iniciativas e esforços de ambos os lados. Estar com alguém implica em, antes de mais nada, aceitar esse alguém e ser aceito por ele. Não adianta e nem é justo querer exigir de uma pessoa mais do que ela pode oferecer... é preciso ter em mente que o outro é um ser humano já formado e não nossa massinha de modelar à qual damos o molde que quisermos.
Ser você mesmo, entretanto, não é sinônimo de inflexibilidade ou intolerância. As vezes é preciso sim abdicar ou mudar certos hábitos e posturas e isso não é sinal de fraqueza, mas de respeito. Também é preciso ter em mente que mais cedo ou mais tarde haverão brigas, desentendimentos ou discussões e que nessas horas compreensão mutua é essencial. A relação jamais será perfeita, mas momentos de perfeição devem existir para que ambos se lembrem do porquê de se quererem.
Outra coisa: compromisso exige comprometimento e fidelidade! Se não estiver disposto a isso...  compre uma planta (de plástico obviamente) e seja feliz com ela. Não é justo ferir o outro em função de suas próprias fraquezas... é melhor uma verdade dolorosa que uma confiança perdida.
Em alguns casos despendemos nossas energias tentando salvar aquilo que já morreu... dói muito enterrar nossos amores, mas dói mais vê- los morrer todos os dias. A questão é que não adianta ficar rodando ao redor de alguém que não vai virar o rosto para te ver passar. As vezes você tem que parar de rodar, seguir em frente e ver se a pessoa te segue.
Não deveríamos nos contentar com doses homeopáticas de carinho. Mas, no final das contas, tudo depende da fé e paciência que se tem: ou você fica na torneira seca, que libera uma gota vez ou outra, e espera sofridamente que a água volte... ou, você segura a sede por mais tempo e vai atrás de uma fonte que te sacie. Eu, particularmente, fico na torneira... com as gotinhas... até não agüentar mais... e o que posso fazer se esqueço das outras águas enquanto espero por aquela? A culpa, creio eu, é das gotinhas... afinal, alimentam a esperança numa água que, provavelmente, nem existe... mas que, caso exista, valerá por toda a espera.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

=/

                     A nãoooo!!! Nossa, to muito grilada! Olha que merda:


        

Sacanagem maior que essa, só o fato deu ter esquecido de avisar meu irmão  =s

Sentir e pensar


Ser racional é fácil quando o que se tem a fazer é não enfiar o dedo na tomada. O raciocínio aqui é básico, não quero um choque, não ponho o dedo. Infelizmente, ou felizmente, nem tudo segue essa lógica. Se a ordem estiver relacionada ao campo emocional nós, ‘seres racionais’, muitas vezes falhamos em nossa racionalidade. Sentir e pensar ao mesmo tempo nem sempre é tarefa simples.
O constante conflito entre razão e emoção nos leva a crer nas mesmas como forças opostas. Definitivamente quando você se apaixona e, em função disso, se sujeita a situações anteriormente inconcebíveis, você não está sendo racional. Mas será que está sendo irracional? Onde está escrito que não existe razão na emoção, ou emoção na razão?
Em um de seus livros, Freud diz:

“Não era de surpreender que fossem capazes de justificar essa rejeição de minhas idéias com razões intelectuais, embora a razão fosse, de fato, de origem emocional”.

Essa uma linha questiona todo o paradigma supra citado. Se a razão tem origem emocional, então nossas emoções podem e vão interferir na maneira com a qual projetamos nossa racionalidade!!! Sendo assim, ao se apaixonar, por exemplo, você não age irracionalmente mas segundo sua lógica recém adquirida que, nem sempre, corresponde a seu modo convencional de ver as coisas. Se sua necessidade psíquica muda, nada mais natural que a mudança da lógica regente.
É óbvio que não quero banalizar o racional e, muito menos, defender umas marmotas que vez ou outra aparecem (porque, pelo amor de Deus, tem gente trouxa nesse mundo até mandar parar!). Só quero dizer que a razão não é nem estática, nem universal. A maneira de pensar é diretamente afetada pelo estado emocional de cada um e o que é racional para você não corresponde, necessariamente, ao que é racional para o outro.
Somos nada menos que a interseção de dois conjuntos, uma mescla complexa do que é sentido com o que é pensado. Nos reduzir a seres racionais seria negar nossa natureza dinâmica. Na física, os pólos opostos se atraem...  em nós, eles coexistem. Descartes que me desculpe, mas não basta pensar, para existir também é preciso sentir. Hoje se me perguntam se sou razão ou emoção, respondo plena de mim: “sou humana”.

domingo, 19 de setembro de 2010

Deixava- se ficar


Amanhecia. O quarto adormecido era vagamente iluminado. O frio gostoso invadia o recinto sinestesicamente, sem saber se era cheiro, arrepio ou sabor. O arfar do vento fresco penetrava sutilmente a atmosfera silenciosa. Mais um dia era anunciado.
Na cama desarrumada, ela permanecia inebriada em sua atemporalidade. As sedas da camisola brincavam por entre as curvas do seu corpo estático. Os lençóis a envolviam com leveza. E sem abrir os olhos, deixava- se ficar.
Podia sentir a sincronia de suas respirações. Aquele cheiro tão dele passava para ela num fluxo natural e constante. Seu corpo a aquecia, a envolvia. Ali sob os lençóis eram um só. Isso lhe bastava. E sem abrir os olhos, deixavam- se ficar.
Amanhecia. O quarto adormecido era vagamente iluminado. O despertador avisava o início de outro dia. Sentada na cama, sentia seu corpo, sentia seu cheiro, mas via- se só. Os lençóis a envolviam e o mundo que esperasse... ali estática, retornava para ele... E sem abrir os olhos, deixava- se ficar por uma última vez.
  

sábado, 18 de setembro de 2010

Sobre mudar a vida de alguém...


Nossa, agora eu tive um troço!!
A Verônica Heiss comentou no meu blog.
Engoli um seco, é sério. Provavelmente só eu vou entender o que estou sentindo... mas, sabe quando uma pessoa tem o poder de te inspirar? Pois é, ela me inspira. A primeira vez que li um de seus textos fiquei estupefata, parecia que ela tinha entrado na minha cabeça e descrito, extraordinariamente bem, situações e sentimentos tão meus. Cada palavra entrelaçava- se perfeitamente e formava sentenças impressionantemente impactantes. A repercussão disso tudo em mim é inenarrável, só eu sei o efeito dessas pequenas epifanias. Pode até ser um sentimento juvenil, mas esse comentário de duas linhas  significou muito, foi ela me dizendo ‘passei por aqui’.Blog Verônica Heiss


Tudo isso me lembra uma descoberta que fiz a algum tempo: uma pessoa pode mudar sua vida. Sei que é uma idéia clichê mas nunca havia refletido a mesma com a devida importância. Se pararmos para pensar tudo o que acontece a nossa volta muda nossas vidas, uma vez que o futuro é nada menos que uma conseqüência direta dos acontecimentos presentes. Um sorriso, uma palavra amiga, um elogio, um abraço... tudo isso muda, nem que seja minimamente, a vida de alguém e isso nos dá um imenso poder sobre o outro (e dele sobre nós). “O eu é feito/ efeito do outro”.
Essa conclusão, aparentemente óbvia, chegou a mim de uma maneira extremamente atípica: uma menina salvou minha vida uma vez, dispenso aqui as  metáforas... ela literalmente me salvou.
Posso dizer sem orgulho que já conheci algumas obscuridades. Sei bem o que é entrar em desespero. Vi minha vida se esvaindo e não tinha forças para me erguer e lutar contra aquele suicídio involuntário. Todos os dias me perguntava até quando daria conta. O desgaste emocional associado ao físico pode ser avassalador. Eu não queria morrer, mas também não fazia nada para viver... aguardava que algo me puxasse e me acordasse daquele pesadelo.
Uma dia deitei na cama chorando e me perguntei se valia a pena continuar. Nesse mesmo dia assisti na internet o vídeo de uma menina cujo nome nem sei. Aquela garota me disse, de outro país e em outra língua, que sabia que eu estava aguardando uma motivação,uma força profunda e resgatadora, mas que aquela força jamais apareceria. Não apareceria porque não existe, o que existem são pequenas coisas que quando percebidas são capazes, não de te erguer, mas de te fazer querer lutar. Ela disse que eu passasse a focar nos detalhes, pois são eles que fazem a vida e que só a vida permite que os apreciemos... “It’s all the little things... now when I go for a walk I’m enjoying my surroundings”…
Isso me mudou para sempre. Desde aquele dia olho a lua com admiração, procuro a estrela mais brilhante para fazer um pedido, respiro fundo o ar pós chuva, observo gestos, ouço, sinto, toco, respiro, VIVO... Desde aquele dia, em meio a altos e baixos, confesso, venho me recuperando (e sei que chego lá) e tentando mudar minha postura ante a vida e ante as pessoas.
Essa é a primeira vez que consigo exteriorizar esses acontecimentos e verbaliza- los está sendo extremamente difícil. Mas tenho o dever de repassar a grande revelação que tive. Aquela menina não sabe, mas salvou a minha vida. A gratidão que tenho por ela é inexpressável. Talvez aqueles dizeres em si não sejam assim tão reveladores ou extraordinários, mas era o que eu precisava ouvir.
            Não podemos prever a repercussão daquilo que fazemos e dizemos, mas podemos e devemos controlar o que fazemos e dizemos. Você pode mudar a vida de alguém e a natureza da mudança, positiva ou negativa, está em suas mãos.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A fila anda?

            Já peço com antecedência: não me venham com ‘a fila anda’. Não é assim que funciono. Não sou democrática, não sou populista. Meu absolutismo me dispensa de sistemas igualitários. Comigo as oportunidades não são iguais. Não tenho filas, não quero massas. Os nomes na lista sou eu quem seleciona e meus critérios de seleção até eu desconheço.
            Respeitar meus sentimentos e meu corpo não é pretensão, mas amor- próprio. Quem melhor que eu para reinar sobre mim? Aprendamos a não deixar entrar todos que batem... E se no final das contas sua vontade for brincar, que seja você a escolher o brinquedo. Mas não brinque muito, ou acaba virando a brincadeira (o primeiro passo para se tornar um objeto é  se portar como um).



              
               Então, tava vendo com a Nara, e percebi que o texto acima não esclareceu bem minha opinião. Tipo, terça escrevi esse textículo (atenção textículo não é testículo!) e uma carta que jamais vou divulgar ( a pessoa saberia que é para ela e nao sei se realmente quero dizer  o que disse..), enfim... entre a carta e o textículo fiquei com o textículo.
               Acontece que a Nara entendeu o contrário do que eu quis dizer, então para evitar mal entendidos vou explicar melhor, de uma jeito mais Laíza e menos literatura.


      Sempre me intrigou  o termo a 'fila anda'. A impressão que me dava era que a pessoa se decepcionava, sofria e de repente decidia que a fila ia andar e pronto. Qual o propósito? Esfregar na cara do outro que tá pegando?  Auto- afirmação: ' ufaaa, ainda sou pegável' ? Prazer físico?
       Não condeno nada disso, mas confesso que não entendo. A meu ver, sair e ficar com mil só porque terminou ou não deu certo com alguém é uma tentativa ineficaz de solucionar o problema. Digo ineficaz porque não se esquece uma pessoa com outra, aliás, não se esquece uma pessoa que realmente significou algo. Permitir- se um tempo para colocar a cabeça no lugar não é fidelidade ao outro e sim a você mesmo. 
      Tudo bem que cada um tem uma forma diferente de lidar com as situações... mas não consigo entender como certos comportamentos poderiam ajudar. Obviamente não estou defendendo  a fossa, mas o direito de se recompor emocionalmente.
       A outra coisa que me incomoda em ' a fila anda' é a idéia de fila. Entra numa fila quem quer e numa ordem qualquer... fazer a fila andar implicaria em pegar o primeiro que se apresentou. Não sei os outros, mas para mim o sistema de filas é democrático demais para tal comparação. Nesse aspecto as listas seriam uma alusão muito mais interessante, afinal: você seleciona quem entra e quem vem primeiro. 
        Não existe nenhuma tabela que determine quanto tempo você precisa para partir para outra. Cada um sabe o que sente e arca com o que faz. Só que, a meu ver, no meio desse caminho muita gente esquece de se valorizar... e para tal não precisa ficar com doce  naquela coisa mexicana tipo Paulina Bracho ("- Aiii, Carlos Daniel... não poooooooosso, a Paola fudeu com minha vida mas é minha irmã gêmea! Óh céus...!") se você quer, vai logo minha filha, mas tenha clareza das suas ações! Se valorize mostrando quem você é e como se respeita e não criando uma imagem de mulher impossível ( que depois culpa os outros por suas frustrações sexuais e desejos reprimidos).
       O que quero dizer no final das contas é que a maneira de superar vem de cada um, mas que seletividade e amor- próprio não fazem mal a ninguém.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Era segunda...

Gosto de pensar na FANUT (Faculdade de Nutrição UFG) como um plano paralelo dentro do universo universitário. Plano este essencialmente habitado por mulheres* e dividido com a enfermagem, ou seja, mais mulheres. Mas não é sobre isso que vim falar.
Apesar de odiar estudar só com garotas (ops, foi mal Maurício!)... eu não trocaria nenhuma delas por nada nesse mundo. Cada uma é única e especial... e, principalmente: são todas vencedoras, afinal me aturam todos os dias o dia todo (acho que na formatura deveriam receber um certificado alegando que sobreviveram a mim por cinco anos! Kkk). Mas calma, não estou de TPM (ou melhor, talvez esteja, mas não tem nada haver...) nem preciso de favores da sala, estou dizendo essas coisas porque os ocorridos me fizeram lembrar como eu gosto de todas elas e o quanto sou grata por tudo o que já vivemos. Então, seeeenta que lá vem a história:

Era uma segunda- feira, a aula de antropologia tinha sido... ixi não faço idéia  (dormi numa metade e fiz meu trabalho de epidemo na outra), a de virologia complicada e a de epidemiologia seguia aaaaah... chata, muito chata... Enfim, era um dia comum. Tediosamente comum. Aguardávamos o fim do intervalo vespertino para subir os km de rampa até o laboratório de informática para a aula prática. Quando então chega a notícia: os calouros estavam tendo aula naquela sala! Nunca vi tantos rostinhos tão iluminados numa tarde de segunda, ou talvez tenha visto... segundos depois quando de repente a energia acabou. Nosso destino estava traçado, mesmo com  o retorno da eletricidade, não haveria aula!
Meia tarde livre! Meia tarde livre! Isso era tão raro em nossas vidas que mal sabíamos o que fazer... foi então que veio a idéia: Vamos ao cinema! Apesar de no domingo eu ter ido com a Ruiva e a Brenda ( aliás, dona Ruiva, meu dedo ta com sangue até agora! Não dou sorte com meus dedos...) não me incomodaria nem um pouco em repetir a dose.     
                Mas calma, lembra do que eu disse: um monte de mulher junta! Decidido o que fazer, o próximo passo era escolher o shopping... eu, particularmente, não me importava, mas elas... kkkkk  Alguns (muitíssimos) minutos depois acabamos decidindo pelo Banana shopping, afinal era mais perto. Como só a Mona tava motorizada seguimos metade no Bebê e metade de ônibus.


                  (não riam das minhas ilustrações... levei hrs pra conseguir fazer... o paint não é nada simples! =s )

            Chegamos primeiro e, após analisar algumas vitrines interessantes (a lingerie vermelha: super sexy meninas!), nos dirigimos ao cinema para olhar o horário do filme (queríamos ver “Par perfeito” *-*  ). Só que acontece que nosso lindo filme não tava em cartaz lá... e só eu e a Danny queríamos ver ‘Karate Kid’ (aliás, to muito frustrada com isso, ninguém nunca quer ver karate kid comigo! Vou sozinha... bobocas =p ... aaah, Danny, vc pode ir comigo... rruuum). Então continuando não tinha nosso filme e não conseguíamos entrar num consenso (isso porque só tava metade lá, se tivesse todo mundo ia sair porrada kkk). Então decidimos de supetão correr pro Araguaia Shopping para ver ‘Par perfeito’ mesmo.
            Para não pagar estacionamento, saímos as cinco correndo desembestadas, com a Danny berrando que com certeza eu ia por aquilo no blog kkk. No andar de baixo praticamente colidimos com as outras meninas que tinham acabado de chegar. Então decidimos trocar quem tinha ido de carro com quem tinha ido de ônibus (só a Maysa que escapou sorrateiramente e foi de carro de novo... bonito né, Dona Maysa!).


     (obs: meu ônibus ta mais defeituoso que antes pq sem querer passei a borracha nele... acho q não tenho coordenação motora!! =s  )

            Então, seguimos eu, a Lorrany e a Danny para o ponto. E tipo assim, era impossível seguir a Lorrany... ela ia se enfiando em qualquer buraquinho que aparecia no meio do povo, a Danny seguia e eu, ou melhor, eu e a minha bunda éramos fisicamente impedidas de prosseguir... sacanagem pô. Já no ponto, como não sabíamos qual ônibus era, a Lorrany ia parando um por um pra perguntar se passava na rodoviária ( tudo bem que o segundo já era o nosso, mas foi um por um ué...). Poucos minutos depois chegamos ao shopping e fomos direto ao cinema. Para nossa surpresa as meninas não estavam lá! O que será que tinha acontecido? Elas se perderam! Não, não to brincando! Elas se perderam de verdade! Tinham seis no carro e conseguiram se perder para ir do Banana para o Araguaia Shopping!!! Não faço idéia do que elas aprontaram, há boatos de que voltaram na FANUT para refazer o trajeto e ainda bem que eu não tava lá, porque com meu senso de direção, nem na FANUT  a gente chegava.
            Mas o pior de tudo eu ainda não contei... corremos essa maratona para descobrir que o filme também não estava passando lá! E mais, ‘karate kid’ já tinha começado e a outra sessão ia demorar séculos!!! Era muito azar, lá se ia nossa tarde livre... na falta do que fazer eu e a Mona até encenamos Titanic em frente ao ventilador gigante: ao som de ‘My heart will go on’, comigo no vocal, of course, abrimos os braços e deixamos nossos cabelos ao vento...”não se preocupe Jacona (Jack + Mona = Jacona) eu reveso a tabinha com você” [porque sinceramente, a maior indignação da minha vida é aquela Kateba (Kate + ameba= Kateba) deixar o Jack morrer, vo até mudar de assunto porque só de lembrar fico griladíssima!!!] obs: olha que bonitinho, lembrei das aulas de álgebra do prof Everaldo: [ ] por fora e ( ) por dentro!!! (eu sou foda!).
Tá, continuando: fomos embora estudar. Kkkkkkkk E você acha né? Se a gente não ia ver o filme, pelo menos ia aproveitar a viagem para uma bela sessão de fofocas na praça de alimentação!!!
            E foi o que fizemos. E adivinha qual o assunto central !?! Homens, é claro. A gente falou de tanta, mas tanta coisa que eu nem conseguiria narrar aqui (e mesmo se conseguisse não o faria, afinal... segredinhos né shuahsu).  
Nossa, quase me esqueci, mil desculpas: antes de prosseguir gostaria de dedicar uma linha de silêncio para a unha da Mona ( que nos deixou bravamente ao tentar abrir uma latinha de refrigerante... era uma boa unha... sempre nos lembraremos dela com carinho)...

            Tchaaau unha. Então... no final das contas, mesmo sem cinema, nos divertimos como nunca! Colocamos o papo em dia, comemos (lanches suuuuper saudáveis pois somos ótimas nutricionistas... =x  ) e fomos embora, cada uma de volta para sua rotina.
E de tudo isso fica uma conclusão: não deixar a Danny beber álcool durante o dia! Kkk. Brincadeiras a parte, não posso deixar de dizer que são momentos assim, com pessoas assim, que fazem a vida valer a pena. Somos mais que um grupo de garotas da mesma sala. Somos (e nisso incluo a turma toda) um grupo de mulheres verdadeiramente magníficas. E que fique claro: nossa heterogeneidade é o que torna essa trajetória tão enriquecedora (e divertida!).
Observação: não esqueci de você Maurício!!! Sinta- se incluído (da maneira mais macha possível) em todos os femininos. Obrigada por nos aturar e eu e a Danny prometemos nunca mais competir sobre quem está usando o sutiã mais sexy quando você estiver perto (em nossa defesa a gente não te viu chegando!) =x         


Obrigada por tudo, meninas e Maurício.






segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Sem 'ar'

Inspiro e expiro
tentando adequar o ritmo dos pulmões
ao dos acontecimentos.
Inspiro. Inspiro. Inspiro.
...  mas sufoco.
...  sigo sufocada.

Inspiro e expiro,
mas não respiro.
Puxo o ar,
sugo o ar,
me encho de ar...
... ainda assim: su-fo-ca-da.

Não, não é ar que me falta.

Um dia no centro de estética ( FIM!!!!! )

(...) um segundo depois ela fala na maior naturalidade do mundo: “ agora vira de barriga para cima para repetir o procedimento do outro lado”. Engoli um seco, comecei a suar gelado, olhava em volta desejando ser o Michael Scotfield pra poder armar um plano e fugir dali. Mas não tinha jeito. Virei totalmente inconformada. Só então me lembrei de um detalhe importante: eu tava sem sutiã!!!!!!!!! Como assim eu ia ficar ali fazendo exposição da minha figura. Piorou ainda mais quando olhei para o lado e vi que a velha de fio dental estava analisando descaradamente os meus peitos! Isso mesmo, tinha uma velha semi nua analisando meus meninos! Ela olhava tanto que eu quase virei e disse ‘Não, não é silicone’ para ver se ela desconfiava. E quando eu achei que nada podia piorar, a outra esteticista vem comentar dos meus seios! Como assim???? Alguém já observou que tem mulher que se sente a vontade para comentar dos peitos da outra? Em qualquer situação eu não me importaria, até mesmo porque acontece sempre, mas ali, naquela hora, era no mínimo inconveniente que uma estranha ficasse elogiando essa ou qualquer parte do meu corpo. Como jamais permitiria que a Eslaine fizesse alguma coisa nos meninos, peguei sorrateiramente uma toalhinha branca que estava ao alcance e cobri eles, numa tentativa de preservar a dignidade que me restava e fazer a velha parar de me olhar.
Dessa vez já conhecia o procedimento, então não me iludi com o geladinho gostoso do ultrassom porque já sabia o que vinha em seguida. Ou melhor, achava que sabia! Minha santa bicicletinha, a parte da frente doía ainda mais!! E dessa vez eu ainda tinha que controlar o impulso de chutar a Eslaine. Minhas mãos seguravam a lateral da maca com tanta força que fiquei com medo de quebrar minhas unhas... cada empurrão do aspirador de banha, cada apertão daquelas mãozinhas do mal, me fazia querer parar de controlar meus extintos e dar um chute bem dado naquela pessoinha. Doía tanto, mais tanto, que nem consigo expressar! Quando enfim acabou, porque agora tinha que ter acabado, vi Eslaine mexendo em um aparelho inédito. Que merda é essa, pensava já desesperada... ‘ vamos fazer a eletroterapia para finalizar’. Eletroterapia??? Depois de me sugar, apertar, aspirar ela ainda queria me dar choque???????? Nem deu tempo de pensar e lá estavam suas mãozinhas me amarrando a um monte de fios. E vou te dizer uma coisa, aquele choques eram irritantes, não doíam tanto mas foram me angustiando... dava vontade de arrancar aqueles fios e sair correndo. 20 minutos de choque! Eu não ia suportar! Não se iluda, aquela cara tranqüila da mulher da propagando da polishop é enganação e você nunca vai conseguir ler um livro que exija mais que dois neurônios com aquele negócio te eletrocutando. Fiquei firme, agarrada à  maca e ignorando a velha de fio dental... enfim acabou.
Levantei, sem me importar muito por estar pelada, afinal elas já tinham visto tudo mesmo, e vesti minhas roupas por cima da meleca de gel com creme. Quando saí da sala de tortura respirei aliviada. Segui até a recepção, onde a Eslaine me aguardava: “ Sua mãe já deixou pagas mais 12 sessões para esse mês. Como hoje foi a primeira vez eu peguei leve, mas nas próximas podemos usar o bambu e vou te colocar na manta de aquecimento”. Quase enfartei! 12 sessões! 12 sessões!!! Era bom aquilo valer a pena...




Obs: fiquei amigona da Eslaine, apesar de ainda querer chutar ela de vez em sempre..! E depois das 12 sessões eu sabia tudo da vida amorosa das esteticistas (com detalhes que nem posso citar kkk) e elas da minha =x

domingo, 12 de setembro de 2010

Um dia no centro de estética (parte 2)

Passados os segundos que levei para reagir, voltei a me deitar. Será que elas não se tocavam que a sala estava ocupada? Quando olhei para o lado quase infartei, dei com uma bunda enorme de calcinha fio dental a alguns centímetros de distancia do meu nariz. Eu definitivamente não estava preparada psicologicamente para aquilo. Tipo assim, a velha tava tirando a roupa ali bem na minha frente e pior, eu tb tava pelada! Eu queria um buraco pra enfiar minha cabeça. Porque diabos ela tava se despindo ali??? Foi quando olhei a outra maca... sabe aquelas musiquinhas de filme de terror? Seria a trilha sonora perfeita para aquele fatídico momento. Virei a cara para a parede, me recusava a olhar aquela bunda de fio dental, aliás, quem em sã consciência usa calcinha fio dental no dia- a- dia? A noite com o namorado até que vai e olha lá, mas no centro de estética???? Era too much information...
De repente ouvi meu nome, não queria acreditar que alguém tava falando comigo naquela hora! Virei o rosto vagarosamente e fiquei mais tranqüila ao ver que a velha e sua bunda já estavam na maca ao lado. A Eslaine anunciava que a ultrassom tinha acabado e que ela passaria para outro aparelho. Não lembro o nome dele, alguma coisa que lembra endermo sei lá o que, mas visualize um aspirador de pó grudado na parede e você terá uma idéia de como ele parecia. Tentei esquecer da velha ali do lado e relaxei os ombros enquanto aguardava o recomeço da sessão. Esse relaxamento durou alguns míseros segundos, não consigo descrever a sensação promovida por aquele aspirador de banha! Mas uma coisa eu posso dizer: como doía!! Fiquei incrédula com a força daquela mulher, ela ia passando o troço nas minhas coxas e ele literalmente ia chupando minha pele. Me agarrei às laterais da maca, a tortura não acabava... quanto mais o negocio me chupava mais ela empurrava ele em mim, grudei na maca, cada célula das minhas coxas protestava a agressão gratuita. Eu berrava: “ ai Eslaine. Ai eslaine” e ela não parava. Quando penso que não, ela posiciona o negócio na parte de baixo da coxa e vai subindo com tudo, parecia que ela não estava vendo que minha bunda tava ali!!! A velocidade não diminuía, ia colidir, ia colidir! Colidiu. Ow, o troço subiu com tudo, como meu traseiro sofreu... como doeu. Aquela tortura era interminável, nunca imaginaria que uma criaturinha tão pequena seria capaz de tamanho estrago!!! Ela empurrava o aspirador cada vez mais forte, bumbum, cintura, costas... nada escapava... e imaginar a velha de fio dental me vendo ali grudada na maca e sendo sugada só me deixava mais desconfortável.
Quando finalmente acabou, senti que meu corpo estava anestesiado... totalmente anestesiado de dor... como se dali pra frente nada pudesse se comparar ao ocorrido... naquele momento eu só pensava em quem seria o filho da mãe que tinha tido a brilhante idéia de inventar aquela aberração! Minha vontade era aspirar esse individuo todinho, ou melhor, mandar a Eslaine aspirar ele, pra ele pensar duas vezes antes de sair colocando essas coisas no mercado!
Ainda meio tonta, depois de tentarem arrancar minha alma,viro o rosto e lá está ela, me olhando com aqueles olhinhos azuis que não me enganavam mais... aquela mulher era do mal, tipo propaganda enganosa... te iludia com a pequenez pra depois te sacanear com aquela força descomunal! Ali me olhando, com sua miudeza enganosa, ela me disse sorridente que a próxima parte seria massoterapia, drenagem linfática e mais uns tipos desses aí. Bem, pensei, não tem como ser pior que o aspirador... nada no mundo pode ser pior que o aspirador. Mas a Eslaine não era desse mundo. Naquele momento estar só de calcinha e dividir o cômodo com a velha de fio dental, eram os menores dos meus problemas.
Primeiro ela passou um pouco de creme para massagens e logo em seguida, sem nem me permitir contar até três, lá foi ela. Os dedos ágeis deslizavam com força pra cima e pra baixo e o que começou como um pressão incomoda passou a doer, a doer muito, sério mesmo, parecia que ela queria me desintegrar... Alguém tinha que impedir aquela mulher! Doía tanto que comecei a desesperar, “ai Eslaine, Ai Eslaine!!!” e lá ia ela, com aquelas mãozinhas do mal e seus dedinhos do mal. E agarrada à maca, mordendo o vazio, ia rezando para que acabasse logo pelo amor de deus. E ela seguia me apertando de tudo quanto é jeito, enquanto eu agüentava machamente aquela dor insuportavelmente dolorosa. E quando eu já achava que ela tinha feito de tudo, começa a me dar tapas! Isso mesmo, tapas de verdade!!! Vai ativar sua circulação local, ia dizendo ela enquanto me batia. Puts, deixasse minha circulação quieta! Devia ter alguma lei que proibia aquilo!! Tinha que ser ilegal... Pagar aquela fortuna para apanhar era um absurdo!!!
Quando enfim acabou parecia que tinha passado um caminhão em cima de mim... mas pelo menos tinha acabado! Doce ilusão....

CONTINUA


Só falta mais uma parte, dividi porque ficou mt grande... aí ngm tem paciência de ler...

sábado, 11 de setembro de 2010

Um dia no centro de estética (parte 1)


Só posso dizer que ignorava meu destino. O lugar era lindo. Paredes brancas, mobília impecável, cheirinho de shampoo. Aguardava tranqüila, distraída... mal ouvi quando a moça sorridente chamou meu nome. Levantei- me e ela, ainda sorrindo, anunciou que me aguardavam e que poderia entrar. Entrei. O corredor era estreito e curto, a sala arejada, pitoresca e, como tudo ali, incrivelmente branca. Havia duas macas e entre elas um aparelho que não pude identificar, na parede oposta um espelho enorme e refletido nele um suporte de madeira para roupas.
Foi então que ela entrou: toda de branco, baixinha, magrinha, olhos azuis, cabelos pretos e lisos meticulosamente arrumados num coque alto... era uma moça bonita, simpática e delicada a tal Eslaine. E mal sabia eu que o que me marcaria nela não era nenhuma dessas características.
Pode tirar a roupa e pendurar ali, anunciou ela calmamente apontando para os cabides. Toda a minha atmosfera de felicidade se dispersou com aquela frase, nada que envolva ficar nua com outra mulher num quarto fechado vai algum dia me deixar a vontade. Meio transtornada, segui as ordens e lá estava eu de calcinha e sutiã com a tal Eslaine me olhando. Se já estava incomodada fiquei mais ainda quando me pediu que deitasse de bruços na maca da esquerda. Ela devia ta de sacanagem comigo! Me imaginar ali de bunda pra cima me fazia querer pular a janela e sair correndo. Mas como não tinha outra alternativa fui me consolando com aquela humilhação e deitei rezando para ser rápido.
Vai ser gelado, ela disse. Como assim gelado? pensei intrigada... o gel frio na minha coxa respondeu a pergunta. Era uma meleca que só vendo, tinha gel nas minhas coxas, pernas, bunda,... enfim, não vou fazer a analogia que pensei (vai que minha mãe lê isso!)... mas tinha gel pra tudo quanto é canto. Enquanto mexia no aparelho não identificado ia me explicando que começaria com  a ultrassom cuja função, se me lembro bem, era ajudar a ‘quebrar gorduras localizadas’. Não me julguem, mas, para minha surpresa, o negócio era bom pra caramba, não sei se quebrava gorduras, mas aquele geladinho de metal deslizando no corpo era relaxante. Uai, vou gostar desse trem, pensei. Um segundo depois ela acaba com minha alegria me pedindo para tirar o sutiã para poder espalhar o gel nas costas... já tava quase pelada mesmo né... fazer o que?
Bem na hora que ajoelho na maca e tiro o sutiã, a porta abre e entram duas mulheres na maior cara de pau!!!! Eu não sabia o que fazia, se deitava de novo escondendo os peitos e deixando só a bunda à mostra, se entrava embaixo da maca, se chorava... acabei não fazendo nada disso e fiquei lá, de top less paralisada e indignada com a pouca vergonha daquele povo.

(quer saber como termina a história? Não perca o próximo post!!)

Obs: Sim, isso aconteceu comigo de verdade.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Fim de carreira =s

Batatinha quando nasce,
se esparrama pelo chão...

tá, confesso que não tive tempo para escrever... e infelizmente meu corpo não aguenta outra madrugada...

mas tipo, achei meu caderno de poesias de quando eu tinha 8 anos... tem uns poeminhas até bonitinhos, mas nuns eu tava afetada! Olha isso:

"A natureza é uma beleza
o elefante elegante,
o esquilo saltitante,
fazem parte da alegria,
óh que linda moradia!"  

Como assim???? Que merda é essa!? Não, calma! Tem mais:
 
"Uma árvore procurei
depois a encontrei,
a árvore é bela no luar,
 também na luz solar"

aaah???????????????
Eu to falando sério! Tá tudo aqui no caderninho!

" No banquinho da pracinha
eu comia a pipoca
quando vi aparecer um homem bebendo coca.
Mas o que importa mesmo
é o gato que ele era
parecia Brad Pit
ou homens da nova era.

Ele sentou se ao meu lado,
eu fiquei bem vermelhinha
daqui a pouco parecia uma bela abobrinha*
Acho que me apaixonei
ou então foi atraência
não importa o que era
tive muita paciência
com a outra que usou a aparência"

* ôôôÔ mulaaa, abobrinha é verde!!!!

Puts... eu tinha 7/8 anos!!! Como assim???? vou queimar esse caderno =x   Fim de carreira!

Nota para mim mesma: nunca mais postar meus poemas e textos antigos!!!

AAAAAH, não deixe de clicar abaixo, surprise surprise ehehe:

clique aqui, vai valer a pena!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

ESPELHO

Olho para frente
e lá está ela me fitando.
Reina um ar de julgamento,
ela debocha de mim...
Eu não digo nada,
ela não diz nada,
mas nosso silêncio diz tudo...
Aqueles olhos denunciam minha fraqueza,
aqueles detestáveis olhos que vêm me lembrar minhas falhas,
me olham com raiva e impiedade.
E lá fica ela estática,
me analisando, me condenando.
Uma lágrima desce solitária
num grito de alma seco e desesperado.
Mas ela me olha impassível:
'Não, não tem perdão.'

É... a gente se ferrou!

   Não sei em qual momento de nossas vidas a idéia se instala. Não sei o porquê dela nos reger de uma maneira tão austera. Não sei nem se ela é uma necessidade genuína ou se foi simplesmente criada para preencher nossos vazios existenciais. Só posso afirmar que fomos e somos condicionados a querer e precisar de relacionamentos, ou seja, em algum momento essa idéia de que a vida se constrói ao lado de alguém acabou se instalando e crescendo distorcidamente.
 A grande verdade é que nossa espécie é, tanto biologicamente quanto psiquicamente, dependente do outro (até mesmo quando não passa de um agregado de células em processo mitótico). E que, atrelada a essa máxima, está a influencia cultural que estabelece o relacionamento a dois como critério determinante para o sucesso pessoal e social... E é aí que surge o conflito constante ao qual somos subjugados.
Desde cedo as pobres criancinhas são ludibriadas com a idéia do ‘felizes para sempre’. As meninas adquirem a convicção de que o príncipe encantado vai aparecer e tudo será mais belo, rosa e feliz. E os meninos... bem, são meninos, né... não dá para esperar muita maturidade emocional... Enfim, desde os primórdios da nossa existência estabelecemos encontrar alguém como meta de vida... ninguém nos sugere criar um plano B, ninguém nos alerta para a estupidez da idéia. Todos preferem nos deixar quebrar a cara umas mil vezes.

OBS: A grande ironia disso tudo é que nem tem homem pra esse tanto de mulher! Ou seja, mesmo se os tais príncipes existissem a grande maioria das mulheres continuaria sendo encalhada! Na minha opinião isso é uma mega sacanagem... tipo, se eu fosse cientista ia tentar criar um testículo que só produzisse espermatozóides Y!!! Certeza que eu ganhava o Nobel da paz (afinal acabaria com a guerra por namorados)...

Então, voltando o raciocínio: acabamos quebrando a cara umas mil vezes até descobrir que ter como meta de vida encontrar o cara perfeito é a idéia mais imbecil do mundo. E é aí que você se pergunta: mas e aquilo do ser humano ser essencialmente dependente e bla bla bla? Bem... por mais paradoxal que pareça (e é), também é verdade! Mesmo não dando para resumir nossa existência à busca pelo tal par perfeito, também não tem como negar que somos um ser social. Ou seja, nossa felicidade está diretamente atrelada aos nossos relacionamentos interpessoais...
Espera! Respira! Não chora! Vamos recapitular para ver se entendemos direito: não existem os príncipes encantados, não tem homem pra esse tanto de mulher  (e grande parte dos que tem estão entrando para a concorrência, se é que me entendem)  e nós somos essencialmente dependentes do outro para sermos felizes, tudo isso associado à efemeridade dos relacionamentos modernos e ao meu/seu/nosso dedo podre para homens indica, segundo uma equação simples, que... é... realmente, a gente se ferrouuu!
Mas calma, nada de desespero! É como eu sempre digo: levanta os ombros e o nariz, empina os peitos (mulher fatal, meninas) e corre para pegar o seu!!! ( afinal a concorrência não dooorme!). E se mesmo assim não der certo, temos sempre chocolates, sorvetes e uma amiga paciente....! No final das contas o que vale é curtir o processo e rezar para a solteirona da família não ser você!!! (e como eu rezo! =s  ).

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A fila e o menino do tênis de borracha ...

Desabafo:

Com que direito chega assim tão imponente, abre a porta e fica parado, sem saber se entra ou se sai?
Tanto trabalho para construir cada detalhe e vem você me matando... vem você destruindo, sem o mínimo pudor, a única obra da minha vida (eu).
Essa não sou eu, essa não deveria ser eu... por favor, não me faça ser assim...
Todo esse drama mexicano não combina comigo.
Não faça da minha vida uma novela se sua intenção não é ficar com a mocinha...


"Eu que não fumo, queria um cigarro
Eu que não amo você
Envelheci dez anos ou mais
Nesse último mês.
Eu que não bebo, pedi um conhaque
Pra enfrentar o inverno
Que entra pela porta
Que você deixou aberta ao sair."
http://www.youtube.com/watch?v=_VSGm3Uv4Qc&feature=related




Passado o momento desabafo, preciso expressar minha indignação:


Acabo de chegar do cinema... tudo bem, isso é legal... adoro, aliás, amo filmes... entretanto toda a magia da minha experiência foi roubada pela fila absurda que enfrentamos para comprar os ingressos! Fiquei muito grilada! Parecia que Goiânia inteira tinha combinado de ir no cinema logo naquela hora só pra me sacanear (tudo bem, sei que é um pensamento egocêntrico... tipo assim, quem é ela pra achar que a cidade se mobilizou para estressa- la?... mas foda- se, foi assim que me senti!!!).
No final das contas, perdi mais de duas horas do meu dia naquela maldita fila! Duas horas que poderiam ter sido gastas em coisas muito mais produtivas, tipo um livro, um episódio de True Blood, pokemon... sei lá, qualquer coisa!!!
O pior é que, para coroar aquele momento, me vem o muleque da frente e pisa no meu pé com um daqueles tênis de borracha especialmente desenvolvidos para esmagar os dedos alheios!!! Ou, é sério, todo o ódio do meu ser, toda a minha raiva por tudo de errado que existe no universo, foram voltados para o pobre garotinho do tênis de borracha. Sabe quando você visualiza suas mãos agarrando os cabelos da pessoa (pra não dizer coisa pior) ? Pois é, Jesus com certeza vai ficar triste, mas tenho que confessar: eu queria explodir aquele menino! Ele tinha pisado no meu pé com uma porcaria de tênis de borracha!!!!!! Tinha uma marca enooorme de pisão de tênis de borracha no meu pé! Eu queria matar ele. Sério, ele correu risco de vida.
Fiquei tão nervosa que, para controlar meus impulsos assassinos, deixei o povo na fila e fui sentar na praça de alimentação. Respirei fundo. Lixei as unhas. Passei batom. Dormi um pouco (de verdade... durmo em qualquer lugar, pergunta pras meninas da facu... shauhsua). E enfim relaxei ainda a tempo de ter com a Nara e a Ana Clara uma mega sessão de fofocas e 'observções de paisagem' (se é que vocês me entendem hehe). Depois de tudo isso, quando finalmente peguei os ingressos fui tomada pelo mais genuíno sentimento de paz.
Na hora de entrar para o filme dei uma última olhada naquela fila, ainda a tempo do meu 'eu sádico' gargalhar daqueles infelizes....e, por sorte (dele), não vi de novo o menino do tênis de borracha.

Esperar valer a pena

O texto de hoje não foi escrito por mim e sim por uma das pessoas mais especiais da minha vida. Eu e a Nara somos tão parecidas que não me admira esse texto seguir uma linha de pensamento tão  semelhante à minha. Somos mais do que primas, somos amigas, parceiras, cúmplices... .
E vocês: deliciem- se, afinal, o DNA dela é muito parecido com o meu, então pelo menos geneticamente o potencial é enoorme kkkk (brincadeirinha primaaa )


"Recentemente descobri que a espera é surpreendentemente uma das máximas mais incertas e admiráveis da nossa existência. A espera por alguém, a espera por algo, a espera por nós mesmos. Esperamos pelo célebre príncipe encantado que chegará em um cavalo branco e preencherá todo o vazio que sentimos por dentro, nos mostrando o significado da palavra (duvidosa, controversa?) amor. Esperamos sermos atingidos por uma força superior e suprema que fará todo o nosso mundo fazer sentido, nos mostrando quão grande é o impacto de nossas ações. Ou... a simples espera pela complicada resposta à (irrefutável?) pergunta: quem somos?
Mas não é só da espera consciente que desejo tratar... mas também, da espera inesperada... do imprevisto, do insensato... do que, na verdade, não esperamos... daquilo que nos faz indagar: Iríamos, algum dia, esperar por isso?
Como um simples e sincero “bom dia” que nos faz perceber que nem tudo no mundo é pautado em conveniências... Um caloroso abraço de alguém que nós havíamos esquecido que sempre esteve ali por nós ou de alguém que nós nunca enxergamos estar... Um olhar, uma expressão, um sentimento... Um breve momento com alguém do sexo oposto que nos faz compreender que o príncipe encantado pode não existir, mas que alguém especial pode, sim, surgir e encantar... Um gesto, um sorriso... uma decepção – inesperada, doída, permanente...
E por que? Porque mesmo que não estejamos esperando por algo, estaremos sempre à espera de algo... até mesmo do sofrimento, porque, por mais que tentemos evitar, ele também virá e, como um círculo vicioso, estaremos à espera de que ele passe. E porque, no fim, o que nós esperamos, inesperadamente ou não, é que sempre estejamos esperando por algo e que, no fim, possamos dizer: 'Esperar valeu a pena.' ”

                                                   Narayanne Antonelli Calácio

domingo, 5 de setembro de 2010

A urgência mais urgente...

Vivo de urgências, me equilibrando na tênue linha que cruza o limite entre o ser e o não ser. Sinto demais, penso demais, quero demais, sempre mais e mais. E o que posso fazer se gosto de intensidades? Me irritam as coisas fracas, o pouco não me satisfaz.
Então vem essa angustia calada, esse medo incontido de perder o que não é meu e passo a me contentar com o quase nada. Viro essa coisa inconstante que pensa de menos porque sente demais.
Com a razão afetada me pego esperando e, por vezes, tentando parecer com outro alguém... mas não posso mudar o meu ser e nem o meu não ser. E então eu descubro que não adianta tentar ser ordem num universo de entropias.
Não sou camaleão, não posso me camuflar... não escondo quem eu sou, nem o que sinto, penso ou quero. Sou movida por paixões... uma eterna apaixonada. Sou corpo, mas, principalmente, alma.
Como vivo de urgências... uma urgência mais urgente pode sim me arrebatar! Mas, ninguém um dia me perde, pois nunca sou de ninguém. A posse é escravocrata, torna tudo obrigação... se eu fico é porque quero e se quero é por alguma razão.

Eu gosto de intensidades, é difícil me saciar! Não posso ficar parada tendo tanto a desvendar. Mas se me chama, eu volto... a urgência mais urgente vai ser sempre isso de amar.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Quem nunca segurou???

Finalmente estou de volta! Incrível como escrever sempre foi uma das minhas válvulas de escape... mais incrível ainda é como tenho precisado de escapulir das coisas ultimamente! Tenho que confessar que um dos fatores determinantes para ir nessa viagem, bem no meio da semana, foi essa necessidade de respirar melhor, pensar melhor e entender melhor certas coisas ... No final das contas, as conclusões a que cheguei foram muito inconclusivas, entretanto percebi que se for para correr vai ser na direção daquilo que eu quero. Fugir, agora, só se for para uma ilha deserta com um super sexy boy !!!!


Devaneios a parte, vamos focar em um questionamento realmente sério :

Existe algo mais torturante que segurar o xixi? Assim, minha mãe disse que é feio uma mocinha ficar discorrendo sobre suas funções fisiológicas mas eu sou obrigada a dizer: não tem nada mais frustrante nessa vida do que passar horas controlando seus esfíncteres!!! No começo é até de boa, basta se concentrar em outras coisas e cruzar as pernas. Mas depois de um tempo, a coisa vai ficando tensa e até respirar é complicado porque qualquer arzinho a mais enchendo seu pulmão e, conseqüentemente, apertando sua bexiga já é perigoso!
Agora experimenta passar por tudo isso dentro de um ônibus que, aí sim, você vai ter certeza de que o capeta ta tirando com sua cara!!! Sinceramente, não sei o que é pior: ônibus com banheiro ou ônibus sem banheiro...
Tipo assim, você já tentou fazer xixi em um ônibus em movimento??? É a pior experiência do mundo... primeiro porque, naturalmente, você não quer encostar em nada no recinto, o que implica em ter que ficar em posição de agachamento enquanto se equilibra e segura as calças (acredite, você vai estar de calça...murphy jamais permitiria um vestido ou uma saia numa hora dessas), segundo porque pode ter certeza de que o ônibus vai passar num buraco exatamente no fatídico momento que sua bexiga resolver contrair... Aaaah, e não se esqueça de que não vai ter papel higiênico!
Agora pensa como é quando não tem banheiro...(tipo no ônibus da UFG)!!! Uma vez que usar fraldas geriátricas não é nada sexy, o jeito é agüentar... e sei lá, não acho isso de ficar retendo as coisas muito seguro não, vai que um infeliz aperta sua barriga! Como é que fica, heim?
É por essas e outras que, de agora em diante, vou pensar duas vezes antes de beber coca zero na estrada... esse negócio definitivamente não é pra mim!



CURIOSIDADE do dia:
Você sabia que dentre as fases da sexualidade infantil, determinadas por Freud, a fase anal é aquela marcada pelo controle dos esfíncteres? Além de aprender a fazer os números um e dois no lugar correto, também é aí que a criança começa a descobrir o controle do próprio corpo e do 'poder' que pode ter sobre o outro!
=D
Legal, né gente?? Lembrei disso porque tava falando do xixi ... kkkk