segunda-feira, 11 de abril de 2011

Amanhecia...

De olhos fechados, amparada por aqueles braços, permanecia imóvel na cama. Os corpos, entrelaçados, aqueciam-se, trocando, não só calor, como um carinho, para ela, inusitado. Podia sentir o arfar de seu peito e as batidas compassadas do coração. Estava protegida, pensava, abraçando-o com um pouco mais de força para verificar se ele não era um sonho.
Acordava de uma longa noite e, pouco a pouco, as lembranças ganhavam forma em sua mente. Constatava sua tolice em não antes perceber certas obviedades, mas isso já não era importante, uma vez que compartilhavam cumplicimente os pormenores de uma história antiga que, juntos, vinham construindo.  
Não era cedo para amá-lo e sim tarde para perceber o quanto o amava, mas o relógio era mero coadjuvante... o tempo de nada valia naquela pequena eternidade deles dois. E ela respirava uma nova vida, um novo querer, um novo sentir... e transbordava uma alegria genuína de quem encontra e é encontrada.
Podia sentir seu cheiro, seu toque e isso lhe bastava. Deitada em seu peito deixava-se ficar aconchegada e, então, a epifania: finalmente, amanhecia.






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Um comentário:

  1. Ah, quando a manhã chega... Não existe nada como quando a manhã chega!!!! =DDDDDDDDDDDDDD
    Lindo!!!

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