segunda-feira, 18 de abril de 2011

Vida e morte

Pessoas morrem. Já parou para pensar nisso?
Minha avó acabou de morrer e eu só consigo pensar em quão estranho isso é.  Eu nunca mais vou vê-la, ou falar com ela, ou passar as mãos em seus cabelos e ouvi-la dizer como sempre nos parecemos... nunca mais.
Corremos tanto contra o tempo, que esquecemos de nos dar conta de que, na verdade, é ele quem corre contra nós.  E qual o sentido de competir numa corrida que certamente iremos perder?
Tudo isso é muito estranho. Talvez eu não esteja falando coisa com coisa... quer dizer, meus olhos estão inchados, a cabeça doendo e não consigo dormir... mas continua sendo estranho. Como assim, sabe? Não, a ficha não caiu.
Religiões a parte, sem devaneios de céu e inferno, a vida termina. E sendo a morte o único axioma da vida, que sentido tem insistir em vivê-la?
O telefone não para de tocar, noticias de morte facilmente se espalham, já percebeu? E amanhã, sei bem, será um dia triste. Um dia de neta sem vó.
É difícil lidar com essas coisas. A morte não tem data certa. E na semana de três provas e mil trabalhos, ela, de repente, se faz presente... provando sua soberania ante todo o resto.
Quando uma pessoa morre, deixa um pouco de si, leva um pouco com ela. Minha vó deixou muito coisa: 5 filhos, 6 netos e uma história de vitórias e batalhas. Minha ídala, eu diria. Mas ela se foi. E quem sabe não é esse o sentido da vida: eternizar-se nos outros e fazer da morte o sublime desfecho de um espetáculo sem reprise, sem direito a bis.
A vida acaba e, nem por isso, desistimos dela. Talvez pela emoção da corrida ou a adrenalina da incerteza... A verdade é que todos os dias acordamos, calçamos nossos tênis e corremos contra o tempo e a grande vitória não é alcançar a linha de chegada, mas servir de exemplo para que os outros continuem correndo.

Te amo, vó. Você é minha maior inspiração. Obrigada por me mostrar que vale a pena insistir na vida e por provar a todos que ,com garra e perseverança, o impossível é superado. Vá com Deus, vovinha... leve consigo a certeza de que todos a amamos e deixe conosco um exemplo a ser seguido e essa saudade doída, que aperta no peito e na alma.


Te amo pra sempre. <3

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Amanhecia...

De olhos fechados, amparada por aqueles braços, permanecia imóvel na cama. Os corpos, entrelaçados, aqueciam-se, trocando, não só calor, como um carinho, para ela, inusitado. Podia sentir o arfar de seu peito e as batidas compassadas do coração. Estava protegida, pensava, abraçando-o com um pouco mais de força para verificar se ele não era um sonho.
Acordava de uma longa noite e, pouco a pouco, as lembranças ganhavam forma em sua mente. Constatava sua tolice em não antes perceber certas obviedades, mas isso já não era importante, uma vez que compartilhavam cumplicimente os pormenores de uma história antiga que, juntos, vinham construindo.  
Não era cedo para amá-lo e sim tarde para perceber o quanto o amava, mas o relógio era mero coadjuvante... o tempo de nada valia naquela pequena eternidade deles dois. E ela respirava uma nova vida, um novo querer, um novo sentir... e transbordava uma alegria genuína de quem encontra e é encontrada.
Podia sentir seu cheiro, seu toque e isso lhe bastava. Deitada em seu peito deixava-se ficar aconchegada e, então, a epifania: finalmente, amanhecia.






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sexta-feira, 8 de abril de 2011

DIETA

D I E T A... 5 letrinhas que, unidas, são capazes de acabar com o humor de qualquer um.  Verdade seja dita, fazer dieta é um saco e, por mais que você finja a maior alegria do mundo ao comer 2 deliciosos pés de alface com meia pitada de sal, sua vontade mesmo é atacar a lasanha do seu irmão (que é uma tripa de gente mesmo comendo o dia todo). Não são poucas as mulheres (e homens) que vivem o drama de ter que emagrecer e, convenhamos, isso é uma merda!


A impressão que dá é a de que o universo inteiro conspira para seu fracasso, afinal, por que diabos a festa de aniversário do papagaio da amiga da sua vizinha, que você não pode perder, tem que aparecer logo no dia em que você decide fechar a boca? Conspiração, of course! É  por isso que as dietas vão sempre ficando para depois e quando você menos espera já tá tendo que deitar na cama e respirar fundo para conseguir fechar a calça. A pior parte é que o jeans fica tão colado que vira praticamente um método anticoncepcional, nada entra, nada sai... e, se tiver vontade de fazer xixi, reza ou, pelo menos, chama uma amiga para segurar sua bolsa enquanto você fica pulando dentro do box do banheiro para fechar o zíper.
Como se já não fosse suficientemente ruim virar um herbívoro em crise de identidade ainda deparamos com as famosas táticas infalíveis que só servem para ferrar com nossa vida. Eu mesma fui convencida pela minha mãe, que foi convencida pela amiga dela, que beber água de berinjela (tipo, você deixa pedaços de berinjela num copo de água e, depois de 24h, o troço vira um caldo amarelo e amargo) em jejum era uma fórmula milagrosa para emagrecer... fiquei um ano bebendo aquela nojeira todo santo dia e não perdi uma grama. Fiquei num ódio tão grande que juro que, se pegar o infeliz que inventou isso, afogo ele em água de berinjela pra ele ver que delícia que é!
O grande problema é que dieta estressa e o melhor remédio para o estresse é a comida! Quando vai chegando no final da semana sua vontade é de atacar a geladeira e até a pizza, que sobrou sabe lá de quando, fica deliciosamente sedutora. A essa altura do campeonato você só pensa em comida... passa metade do dia salivando, a outra metade tentando não salivar e venderia sua alma por uma barra de chocolate. Esse é um momento crítico, em que seu potencial para arma de destruição em massa triplica e coitado daquele que ousar cruzar seu caminho com um milk-shake em mãos.
Então você se pergunta porque diabos se submete a isso e a resposta só chega no dia em que o jeans fecha e você percebe que todo seu esforço valeu a pena... mas até lá, haja sofrimento! =x




OBS: esse é um texto informal e não expressa minha opinião de acadêmica de Nutrição.

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